A terapia com ozônio tem ganhado atenção como uma abordagem complementar no tratamento de várias doenças de pele.
O ozônio, uma molécula composta por três átomos de oxigênio (O3), possui propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e antioxidantes, que podem ser benéficas em condições dermatológicas
No nível celular, o ozônio pode modular a resposta inflamatória ao induzir a produção de citocinas e mediadores inflamatórios, influenciando positivamente o microambiente cutâneo. Ele também estimula a liberação de fatores de crescimento e melhora a circulação sanguínea local, o que favorece a regeneração tecidual. Além disso, o ozônio promove a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) em concentrações controladas, o que pode desencadear mecanismos de defesa antioxidante no organismo, protegendo as células da pele contra danos oxidativos.
Molecularmente, o ozônio interage com lipídios e proteínas na membrana celular, gerando ozonídeos que podem sinalizar cascatas bioquímicas responsáveis por processos de reparo celular. Esses efeitos são particularmente úteis em doenças como dermatite atópica, psoríase, acne, e úlceras cutâneas crônicas, onde o equilíbrio entre inflamação e reparo tecidual é crucial.
Embora promissora, a terapia com ozônio ainda requer mais estudos para elucidar completamente seus mecanismos de ação e para determinar as dosagens mais eficazes e seguras para diferentes condições dermatológicas. É importante que o tratamento seja discutido com profissionais capacitados, respeitando as particularidades de cada paciente.